29 de abril de 2015

Mame de Shimpaku e o uso de material diferente no processo

          Na postagem de hoje, uma evolução mais que pessoal, independente do resultado da planta.
          Esse junípero representa um divisor de águas em meu aprendizado, pode parecer pouco, ou bobagem, mas, para mim que venho sempre tentando aprender assistindo a vídeos aqui e acolá, lendo matérias de diferentes fontes, vendo e revendo milhares de imagens na internet e muita das vezes revendo também vídeos já vistos, ou pedindo informações à pessoas com experiência na arte, é muito satisfatório o "andar com as próprias pernas".
          Às vezes, a falta de material adequado ou de grife, pode nos deixar meio inseguros na hora da realização de diversos trabalhos e aplicação de técnicas. Isso acontece muito comigo, apesar de ter que trabalhar a ansiedade, sou bastante inseguro, e penso e repenso tudo que vou fazer. Dificilmente ajo por impulsão ou sem um mínimo planejamento. E isso na arte tem horas que é um pouco prejudicial. A gente só aprende fazendo, metendo a mão na massa e se arriscando, a talvez, quebrar a cara, falhar é normal e uma etapa do aprendizado.
          Aqui em minha cidade não se acha nada direcionado ao mercado de bonsai, insumos apenas os para jardinagem no geral. Comprar pela internet, em 90% das vezes o frete boicota minhas aquisições, o transporte sai mais caro que as mercadorias, e sinceramente não tenho verba disponível para isso. O jeito é ir trabalhando com o que estiver à disposição.
          É sobre isso vamos falar já, já, mas antes fique com as imagens da estilização de hoje.
Frente da planta, no total do nebari ao topo ficou com quase 10cm
Um close do conjunto nebari + tronco + jins
Lateral Direita
Lateral esquerda ou possível readequação da frente
Verso da Planta
Nosso patinho feio antes de ser mexida, incrível como que, às vezes, só mexendo se acha o potencial!!
          Mas, voltando ao assunto do começo do post, o material que me possibilitou esse trabalho com essa torção do ramo, não foi a famosa e mundialmente usada ráfia. Para proteger o ramo de quebras e marcas na casca usei lã, material que eu dispunha em abundância. O processo foi o habitual, passei ao longo do ramo sem deixar nada de fora, de forma bem presa e depois passei o arame e fui modelando cuidadosamente. Mas é impressionante como o fato do galho estar protegido facilita na estilização da planta. Quem não tem cão, caça com gato, nunca essa frase me fez tanto sentido!!
          Espero que tenham curtido a dica e o resultado dessa planta, em breve pretendo reduzir o espaço do vaso e futuramente acondicioná-la em um bonito e pequeno vaso do Sami, será um conjunto muito bacaninha!!
Abraços a todos,
Leonardo Couto

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